Continuando com as dicas que visam a manutenção da qualidade da fibra e redução das perdas de produtividade na lavoura, vamos para o terceiro tema que é o Status e Diagnóstico da Lavoura antes da Colheita.

Após meses esperando a colheita do algodão, devemos continuar com os cuidados com a cultura e nessa última fase, ficar atentos aos impactos que podem ser causados pela temperatura, umidade, radiação solar e chuva, sendo estes cuidados, um diferencial para obtermos uma fibra de qualidade.

Após a desfolha, devemos analisar se o talhão está em condições de colheita, avaliando se todas as maçãs estão abertas e o algodoeiro ausente de folhas verdes, para não gerar mancha de clorofila (manchas verdes) na pluma do algodão. A largada da colheita só deve acontecer quando no talhão, o algodão em caroço estiver com umidade inferior a 12%. Se o algodão em caroço estiver com orvalho sobre a fibra, o ideal é aguardar a secagem total para então iniciar a colheita. A insistência na colheita com excesso de umidade no algodão em caroço, pode registrar presença de fungo, gerando degradação da fibra e do caroço, deixando a fibra amarelada, encarneirada e opaca, já o caroço com ranço e acidez. Ocasionando deságio na comercialização da fibra e recusa do caroço, usado na produção de óleo para consumo humano.

Ficar atento ao ponto de equilíbrio é fundamental para evitar a colheita antecipada ou postergá-la por muito tempo, já que neste caso o excesso de radiação sobre as fibras, as deixam quebradiças, com baixa resistência e perda de massa (peso da fibra).

É importante ressaltar, que a colheita deve ser realizada em um curto espaço de tempo, porém respeitando a velocidade recomendada e o dimensionamento das máquinas por hectares, sendo fundamental para evitar perdas de produtividade.

Com alguns cuidados e planejamento podemos manter a qualidade da fibra e evitar perdas significativas de produtividade durante a colheita.